Haja dezembro
e todos os
provérbios inventados
enquanto a chuva
molha as ruas
e pessoas
pesarosas
gemem pelo estio
distante.
Haja dezembro
na sua baça luz
no rogo das
crianças pelo natal demorado
nas castanhas
que boicotam o frio
nos frutos secos
(um estalido a
preceito na boca sedenta).
Haja dezembro
exílios dentro
de cobertores
medo das ruas
desalinhadas pela tempestade
pessoas sem réditos
que rapam os fundilhos
para estarem à
altura do Natal.
Haja dezembro
e a espera por
um janeiro
mostruário de um
sol generoso.
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