Do meridiano hasteado
desvendei a solidão que fora cifrada
antes que o entardecer estorvasse a
claridade.
O peso do mundo
não
se joga contra os olhos vertidos
na finitude de um mapa.
O peso do mundo
por mais que seja pesado
não
arqueia o corpo leve
não o embaraça na estreiteza
de um rio assoreado.
Virtudes em contumácia
perdem-se no labirinto baço
remexendo
com as mãos
gastas
nas passagens de nível
escondendo segredos vitais
segredos viris
bolçados
por varões em pose monárquica.
E depois
à
sobremesa
entre os copos rejeitados
e o fumo deslaçado
tiram-se à
sorte os penhorados
ao fado das divindades estultas
as seráficas
sereias que ateiam fogos
por dentro da água tumultuosa
à
escala de um mar reduzido a um aquário.
Amedrontados
os parceiros exclamam:
“vamos
embora
vamos daqui para fora!”
e enfeitam o celibato involuntário
com um aceno de mão codificado
no presságio
de um amanhã exaltado
nas improváveis teias vãs
de proezas simuladas.
A floresta enche-se de elfos
e o sono
pode tomar o seu lugar.