3.5.17

Vitral

À razão
dos penhores desarbitrados
no emaranhado das algas evanescentes
componho arestas vivas nas margens
desocupando os diademas.
Os vultos
trazem a tiracolo uma coreografia.
Armazéns desabitados
emprestam refúgio noturno
contra o marasmo das palavras repetidas
contra as profundezas lamacentas
de onde não se extrai riqueza.
Sim
noto o clamor
quando o ruído emparedado dos banais
chama pela inspirada verbena.
Cingidos ao alto
pelo alto que se tenha
os desamores são mote alheio.
À razão
dos diademas que trouxe a mim.

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