A faca não
ensanguentada
o sol espevitado
na sombra telúrica
um código anacrónico
o fumo estival
(cuspido por um
vulcão reavivado)
as beldades
timoratas
os cães no
telhado
a lua que emerge
do fundo do poço
o sangue
aplacado
as avenidas
atravessadas no silêncio
projetos
arrumados no sótão da memória
a desmemória amontoada
no miradouro
um padre
escolhido para desmentidos
as lágrimas
enxutas
os xailes
espalhados junto das cinzas
as ruínas
alevantadas
os madraços
colhendo frutos
uma buzina
ininterrupta
(forja o engodo
dos desalmados)
um batel sisudo
entorpece as águas
as fontes trémulas
povoam sonhos
e os fins que não
têm chão próprio
num terreiro sem
sepulturas
sem fins a
preceito
sem fim
no fim.
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