E de um
segredo solitário,
mediador entre
o céu sem
fim
e o chão que é acolhimento,
um lobo manso não foge do inesperado.
Apeteceu trair
a sua génese
sujeitou-se aos
complicados fados
que não estão nas suas
mãos.
Em vez de um
esconderijo
escolheu o
planalto aberto
correu o risco da
prescrição do sossego.
Desta vez
não julgou imperativo
pôr-se de atalaia:
um invisível pássaro de
múltiplas cores
segredou
convictamente
que as pessoas
beberam
na fonte da
confiança
e os bichos não seriam presas.
Julgando o
teatro farsante
o lobo
sobressaltado
afastou-se do pássaro e tomou o
caminho
da vereda que
morava na penumbra.
Nos preparos da
confiança
os homens
carregam maus pergaminhos.
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