O esconderijo
sem janela por
aceitar.
Ar quente
e peito transido
odor a angústia.
Deitar por terra
a capitulação
covarde,
o paroxismo do
desejo.
E depois
com os nós
contados
as redes
enredadas em nós outros
o céu pesado
acotovelando-se sobre o dorso,
o estrangulado pretérito
no parapeito das
memórias.
Vendem-se
inverdades
no logradouro
dos pretextos.
Aceitam-se os
endossos
e a miríade de
daninhas ervas
embota a pele
arrevesada.
Não
não quero o
abismo sem alma
intimações ermas
rios que
atravessam pontes partidas
a combustão das exprobrações.
Não quero ser
dador
de vocábulos
irados
de intempéries à
flor da pele
da paciência que
se esgota em impaciência.
Vejo ao longe
com o olhar
deitado no retrovisor
o entardecer bucólico.
Deito a perder os
montes e vales
entre mim e esse
lugar
o bucólico ninho
que esconde o retiro.
Esconderijo com chave
a preceito
preparada para
destravar os nós a eito
janela quimérica
à espera.