Sabes?
Sei de um crepúsculo
onde as metades
da noite
se juntam numa
dança-sortilégio.
Sei
de uma concha escondida
onde as mãos se
encontram
no purificado
sentido da demora.
Sei
de um castelo
distante
feito de flores
maduras
onde as palavras
se descerram
no involúvel
murmúrio profundo.
Sabes?
Às voltas
perdidas
contra os
mastodontes do tempo firmado
convoco os
sonhos que soubemos desfazer
em pedaços concretos
entre os nossos
dedos.
A moldura:
os rostos nossos
no cintado
destino açambarcado.
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