A rosa manchada
com o sangue dos
bárbaros
– e quem se
importa com isso?
O lugar vazio
com a facúndia
dos estultos
– e quem se
importa com isso?
Os braços
cruzados
na demanda de
empreitadas
– e quem se
importa com isso?
Os olhos
suados em lágrimas
– e quem se
importa com isso?
O mendigo
apessoado
e a rapariga da
loja sem curadoria
– e quem se
importa com isso?
Os documentos
esquecidos
e as palavras
impensadas
– e quem se
importa com isso?
O hoje sem
suspensórios
e o amanhã
cicatrizado
– e quem se
importa com isso?
As ideias
tresloucadas
e a ausência de
critério
– e quem se
importa com isso?
Um verso
escorreito
emparedado em convulsões
interiores
– e quem se
importa com isso?
A tinta lavada
das paredes
e as paredes à
espera de linhagem
– e quem se
importa com isso?
A mão trémula
na tergiversação
dos indomáveis
– e quem se
importa com isso?
O desmatar do
inenarrável
e as virgens púdicas
– e quem se
importa com isso?
A integridade
e a totalidade
do mundo
– e quem se
importa com isso?
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