O rendilhado
da desrazão
orquestra o
ocaso repetido
e as mãos
frias
tremeluzentes
são o ópio
de um rumor incessante.
Dizem o
que dizem
astronautas
pardacentos do desdizer
peritos no
tresler
poltrões ascetas
do simulado.
Não quero
saber das portas abertas
nem dos
atrevidos pescadores de almas
ou dos
trovões desmedidos;
por entre
as pútridas passagens
nos interstícios
dos dias oprimidos
encontro o
ouro entre os dedos secos
e deito-o
no papel espraiado
no papel
que devora
as
palavras à boca de cena.
Não peço
licença aos deuses
para ser
quem sou.
Não trago
trela em mim
que das
peias congemino altercação
e gritos
suficientes para as desmembrar.
Olho sobre
o ombro da manhã
mesmo onde
o nevoeiro embacia
e juro
contra as
juras todas
canto, se
preciso for
atiro o
corpo desenfreado contra os mastins
no destorpor
deslaçado das ferragens inertes.
Sei que às
horas ímpares
chegam os
murmúrios do vento
e eu
retenho na funda alma
a sublime
lição neles entranhada.