A ponte
fendida
na amostra
do rio
o rio
timorato
escondido entre
arbustos
como não
escondidas estão
seringas pútridas
deixadas ao
acaso
na demência
dos homens de rastos.
Cobradas as
dívidas:
à mostra
os costumes
os bons
costumes
(que não
fazem corar as senhoras)
em
diatribes vítreas arremessadas
no vento lógico
das varandas sem fim.
Moedas sem
valor,
à mesa:
tributos inválidos
e os dados
sacudidos no shaker da vida
das voltas
sem partida
e dos nomes
órfãos em paredes pintados.
As
seringas
dispõem a
memória recente.
Dizem:
miseráveis
os trapos utentes;
e eu não
sei se miseráveis maiores
são os
penhores dos costumes
dos bons
costumes
que só
coram de vergonha
com as
vergonhas de que não participam.
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