Ninguém
adivinha
o nome da morte.
Ninguém
confia
no melancólico sonhar.
Ninguém
desiste
da manhã esperada.
Ninguém
se
devolve à indiferença.
Ninguém
enlouquece
nas fráguas frias.
Ninguém
atiça
o arrependimento.
Ninguém
perde
ao jogo do medo.
Ninguém
se
despe no tirocínio das almas.
Ninguém
acorda
nos termos ostensivos do desacordo.
Ninguém
se
empresta ao vazio.
Ninguém
se
promete no penhor da escuridão.
Ninguém
toma
o veneno desalfandegado.
Ninguém
estima
a pura maldade.
Ninguém
combina
com os demónios avulsos.
Ninguém
contemporiza
o desdém.
Ninguém
desaproveita
o ouro entre os dedos.
Ninguém
esquece
o vento.
Ninguém
se
encomenda ao desespero.
Ninguém
se
eleva no dorso de um precipício.
Ninguém
desaprende
os rudimentos de si.
Ninguém
acaba
por ser ninguém.
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