Espero do
rosto visível
o cais
aberto
regaço
a coreografia
desordenada
os poemas
insolentes
a imersão
catártica
um chapéu
contra a atmosfera
uma incubadora
sarcástica
os braços
futuros
o furto da
minha alma,
consentido
heurístico.
As obras
serviçais
desenganam
os provectos ascetas
lendo no
tempo atávico
os tronos arruinados
que foram
seus.
E o que
interessa
saber das
cinzas levantadas pelo vento
das rochas
tomadas pelo limo
das miseráveis
que não dormem
das nuvens
lisas tomando conta do sol
ou do sol não
exuberante
do sol
timorato
servil?
Os dentes
amparam o frio
fortaleza sediciosa
no desamparo
das viúvas sem lágrimas.
No fim das
provações
é sempre o
rosto soerguido
o mastro centrípeto
esteio de
tudo.
Um rosto.
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