Eis
o descritivo do instante:
a
árvore sentada na boca do amanhã
em
sucessivos tossicares envergonhados
dando
mangas à tinta permanente
e
espaço a páginas dantes encerradas.
Assobia
o velho
cabisbaixo
contra
a habitual, ausente sorte:
“se
ao menos tudo fosse diferente”
repete,
em
oratória cabalística
à
espera do tempo benigno.
As
rentes mãos lavam os pesares
impedem
as perfeitas cicatrizes
no pano
gasto das purificadas asneiras.
Não
há de ser grande a demora:
pergunte-se
à manhã
(a
uma qualquer manhã)
se
tem palavras que cheguem
para
contar os beijos que faltam.
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