Nada
no baço desarticular
do fumo
no cigarro
madraço
aceso
sem o nada por
haver
entre as
cortinas onde o tudo se esconde.
Tinha as medidas
no tempo em
surdina
e os olhos eram
a maresia
à espera de um
miradouro a preceito.
Dizia:
quero o tojo a
enfeitar a pedra chã
os peixes
voadores em explosão cinética
uma constelação
de palavras sobrepostas
uma chamada
murmurada entre as paredes dúbias
o diálogo enroupado
chapéus datados,
aformoseados
lugares
terraplanados no templo das ilusões
logros acomodados
nas esquinas sem sombra.
Nada digo
aos prazos
diuturnos
aos deveres sem
caução
aos propósitos inverosímeis
à mortalha onde
medra a desconfiança
à palavra adeus no
seu apocalipse
à noite medonha
com medo de ser branca
aos vultos
resgatados de um poço seco
aos fantasmas transbordados
dos panos gastos
às intempéries
boçais
aos deselegantes
apóstolos das palavras banais.
Imperativo sem
par
é o desligar a
ficha da corrente
e povoar as
imagens diante dos olhos
com os
ingredientes da alquimia feita
com o ouro mágico
ungido dos dedos.