Um archote
à espera de ser
incinerado.
Pois disseram
que sem luz não
há cabimento
para o dia
sequer;
não há túneis
regrados
lemas frequentáveis
lugares merecedores
palavras
mercadas
gente com lugar
para o ser.
Sobrepõe-se,
o archote,
às sombras
contumazes
a macieza das
flores ditadas
no arquétipo do
jardim imaginado.
Alguém empresta
chama ao archote.
Desprendem-se pequenas
centelhas
que se apagam
ao beijarem o
orvalho tardio.
Talvez se
concebam sombras
furtivas sombras
no rumorejo da
chama do archote.
Ou então
a chama é domada
entre as mãos
e toma-se o seu
tremor
como arrebatamento
em falta.
O arrebatamento
para sancionar o
fausto em que o dia,
um dia atrás do
outro,
vem embebido.
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