Brincávamos nas
fronteiras da loucura:
não havia tempo
capaz
de esfriar a
ousadia.
Nos rostos
arqueados
lavados nas águas
cansadas
havia um
desmentido do enunciado.
Tirávamos à
sorte
as cartas
madraças
apostando a
ferocidade
contra a imaculada
macieza
dos temperos que
compunham as almas.
Não eram ilusões
os ossos emudecidos
no viés do nevoeiro
nem os rapazes
frenéticos
confirmavam o
imorredoiro que julgávamos
possível.
A máquina do
tempo
era a derradeira
arma de arremesso
contra os
impudores ocultados;
a maneira
de vergar o
impossível
num braço-de-ferro
pueril.
Uma filigrana tão
frágil.
Sem comentários:
Enviar um comentário