31.8.20

Batismo de morte

A espada não tem paradeiro,

embriagados os guerreiros candidatos. 

É o que narra a maresia

desfazendo o entorpecimento tardio

no rescaldo da boémia ilegível. 

As armas

fundeadas num cívico letargo

desembaraçam os sonhos 

– os sonhos que asfixiam

o sono doloroso dos guerreiros. 

Na varanda de uma pousada

(antes de açambarcada)

a penúria dos modestos estivera selada

num azulejo pendido sobre a janela. 

Os guerreiros 

perderam o paradeiro da sobriedade. 

Só sabem contar a vilanagem

e à sua conta

industriam o desenho plúmbeo

que só conta com personagens vultos. 

Ninguém sabe

que sangue vertem

nas veias da terra.

Só sabem

que infecta fica a terra

um sarcófago indigente 

onde não coabita a indulgência. 

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