9.9.21

Em câmara muito lenta

Sobre a manhã contrariada

uma causa perdida. 

Uma luta

contra as palavras assintomáticas

as boas rebeldes presas a uma véspera. 

O corpo não responde,

prolonga o torpor 

herdado de pesadelos sem remoço. 

Digo que não há começo

para apaziguar com o impassível recomeço. 

O dia não será fugitivo. 

Espero 

em espera diligente

que mude a maré

enquanto muda insiste

a voz. 

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