Que mar sem nome
se dá como o cais que protege?
No leilão do medo
convocam-se epitáfios estremunhados,
as pouco convincentes palavras
que dão mote às epifanias sem paradeiro.
As notas amontoadas
são a morada das músicas esquecidas
a meio de uma manhã inglória
e os braços sapadores
que, exaustos,
desfalecem ao próximo amplexo.
Que poltrona já decadente
se oferece na litania do remanso?
As almas que se curam
não se empossam
na curadoria de quem não são;
pegam nos pertences
e hasteiam a fuga,
o exílio, se preciso for,
para serem poupadas às vilanias sem travão.
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