13.9.21

Pluviómetro

Que mar sem nome

se dá como o cais que protege?

No leilão do medo

convocam-se epitáfios estremunhados,

as pouco convincentes palavras

que dão mote às epifanias sem paradeiro. 

As notas amontoadas 

são a morada das músicas esquecidas 

a meio de uma manhã inglória

e os braços sapadores

que, exaustos,

desfalecem ao próximo amplexo. 

Que poltrona já decadente

se oferece na litania do remanso?

As almas que se curam

não se empossam 

na curadoria de quem não são;

pegam nos pertences

e hasteiam a fuga,

o exílio, se preciso for,

para serem poupadas às vilanias sem travão. 

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