Do idioma lacerado
com vírgulas a destempo
e palavras torturadas
o mosto fora de prazo
e um logro banal.
A semiótica desaprende-se
no lagar da língua que se torna viva
deixando a sua antecessora
no lugar do morto.
De tanto usurpar a gramática;
a interrogação indeclinável:
será da propensão para a anarquia
ou da tentação da ignorância?
Depois das marés negras
que se acometem sobre o idioma
o desemprego está fadado
aos esculápios do idioma.
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