A vida devora.
Mas não é a carne tomada,
que amanhece num fogo de tochas,
a selar o descompromisso.
A vida
devora:
e os dedos
contam a matéria combustível
enquanto adivinham o inverno.
No fim das trevas,
quando os fantasmas forem extintos,
levantar-se-á a tela,
enfim desembaciada,
com uma inscrição:
a vida devolve.
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