O alvoroço armadilha o convés
onde distraídas se congeminam as marés.
As nuvens que desenham o céu
participam na quimera dos contumazes:
se os dedos chegassem às nuvens
conseguiam tatuá-las.
No fundo poucos são assim
escondidos no seu labirinto
só eles conhecedores
das meadas em que se entretecem
sem ambições de desanonimato.
O alvoroço
é o hino em que se amparam
ciosos de serem maiores
do que o espelho que os retrata
na improfícua demência de julgarem
que as suas vidas
são um teatro com audiência.
Sem comentários:
Enviar um comentário