A genealogia da fantasia
morde na orelha do velho marinheiro.
A modista urticariamente conservadora
só arrota se estiver sozinha.
O gato maroto espreita a fêvera a descongelar
à espera de se substituir a uma humana boca.
Os circos nunca estiveram vazios.
Às medas,
a indigência trata da toponímia do lugar.
Se ao menos lavado estivesse o lagar
não era de uvas que seriam mentidas as pernas
possivelmente
de maratonistas magros correrndo contra o mosto
à medida que os contrabandistas assobiavam
para o lado
e de lado andassem os desmerecidos foliões
arrastando a aderência malsã
com os dentes de fora.
Combinam-se duelos de estrofes:
um atira
a angústia perene
que se consome no pavilhão geral dos gelados
e o outro contrapõe
com a maresia que se levanta na biblioteca
sem que os estetas protestem contra a manhã.
A impressão
é que está tudo embriagado
ou apenas louco
e ninguém sabe
se pior é estar louco ou ser embriagado.
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