Não são as vozes que ecoam nas veias
capatazes de sismos cardíacos
de lamas que enobrecem a poluição
de bocas património de mau hálito
de granadas conspirativas
que adormecem no travesseiro
do sangue desabilitado que esmorece
da cabeça que mergulha no chão decrépito.
As vozes
que ecoam nas veias
são o desdobramento da alma
os sucessivos alambiques que destilam estados
e atiram
para a boca de cena
a fragilidade infatigável
o desejo de ser apenas
o mais anónimo desejo
entre os párias.
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