Rega-se a mentira
com o mosto da injúria
somam-se
umas lágrimas vadias
e fingimento q.b.
Armadilha-se o dia
com as esporas do medo
enquanto
as sacerdotisas da hipocrisia
escrituram a feição avessa
e gritam
a seu favor
a verdade que não admite oposição.
Mete-se o preparado no forno dos arnaldos
e o cronometro vai ao zero
só à espera de maturar
sob os auspícios da confraria inteira
que serve em bandeja o solilóquio dos pares
que se prometem sinecuras recíprocas
e ostentam o estandarte do monopólio
sem não olvidarem a bandeira que vestem,
embaixadores incontestáveis
só merecedores de encómios e genuflexões
ou não fossem
em plena vaia ao que dizem representar
juízes em causa própria,
aqueles mesmos que enchem a boca
com a palhuda massa folhada
da ética republicana.
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