Como se o hálito do coiote amanhecesse
por dentro dos ossos
e até o nevoeiro enraizado se calasse
ao pressentir a trovoada que se hasteia,
a suspensão do dia adiada até data conveniente.
Se houvesse um feixe de sílabas escondidas
o coiote acordado toda a noite
de atalaia
a fingir o sono
dos que suas vítimas não querem ser
fugindo dos punhais alardeados pelo coiote
enquanto a maré inteira não se torna
apenas sobrevivência.
E fogem
do dia
dos dias consecutivos
por todos serem iguais
da fala
da imodéstia
das juras atiradas sobre o passado
de um lugar que seja pertença
de um lugar qualquer
em que consigam ser outro eu
à falta de saberem estar vestidos
nos deslimites em que se terçam.
Por não ser do coiote
essa culpa
tatuada.
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