Cobro à noite
o penhor da carne em combustão.
Não sei do mais,
a não ser das tréguas interiores
que perfumam o tempo.
Só de ti espero um campo de flores.
Eu sou o perfume que delas arrancas.
Só sei da noite a voz fulgurante,
as tochas ateadas no chão que é pele.
Até que seja manhã
e dela a façamos miradouro
por onde espreitamos
os corpos nossos entrelaçados.
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