2.2.24

Eis a desumanização no seu desesplendor

O beijo sequestrado

o desejo adiado

o sexo descombinado

o instinto esbulhado. 

 

Somos a farsa em bardo

nosso o inumano lodo

no santuário da carne não provado

deixamos o de nós robot estacionado. 

 

Se este é o porvir desenhado

de nós dirá o corpo anestesiado

e o tempo vindouro esventrado

pelo espírito abrutalhado. 

 

Este passa a ser o corpo calado

com medo de ser domado

ele do avesso virado

verbo de um destino adulterado. 

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