O beijo sequestrado
o desejo adiado
o sexo descombinado
o instinto esbulhado.
Somos a farsa em bardo
nosso o inumano lodo
no santuário da carne não provado
deixamos o de nós robot estacionado.
Se este é o porvir desenhado
de nós dirá o corpo anestesiado
e o tempo vindouro esventrado
pelo espírito abrutalhado.
Este passa a ser o corpo calado
com medo de ser domado
ele do avesso virado
verbo de um destino adulterado.
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