31.7.24

Homem em terra

As premeditações de Ícaro

brandem contra os ventos 

que fustigam cemitérios.

 

Rugem os mastins domados

suplicam pelo verbo pretérito

o véu onde assentava o seu domínio.

 

No mais alto promontório

as divindades seguram o rochedo

vestem-lhe o arnês entesourado.

 

O precipício jura o adiamento

e os braços apuram o beijo do escorpião

no amparo da desonestidade em extinção.

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