Sem a aquiescência
dos bravos
porventura
domadores
do vento belicoso
novos impérios
na embocadura da noite
em
comezinhas conspirações
contra
monstros não sagrados
falsos
sacristães de coisa alguma.
Em sindicância
desarmadilhada
intemporal
perda de juízo
às mãos de
escantilhões enferrujados:
adivinha-se
a intempérie
no
apinhado céu de nuvens sem ermo.
Todavia
às escuras
contra a
tabuada das letras avisadas
vozes guturais
deixam murmúrios venais
um quinhão
sem posse
ou a terra
em hasta sem senhorio
à espera
das esperas
nua
pura.
O rendilhado
das mãos
é o tear
onde se cantam os desejos.
Noto com
precisão
no arrotear
dos pássaros no céu luminoso
e os
archotes empunhados pelo sol
a espada
quente que os frios corpos precisam.
Não me
convençam das quimeras
nem paredes-meias
com labirintos esotéricos:
a palavra-passe
é nada
um tremendo,
impassível nada
a franquia
máxima na terra dos nadas
– a posse
emudecida.
Contra os
oráculos apodrecidos
tenho um
sal profícuo
segredo mal
guardado
(não
importa)
em
desarranjadas ruas à espera de história.