1.5.20

Desamanhecer

O lado certo
é incógnito
o abissal desembrulho
sem cordas por saber. 
As mangas da noite
é que têm razão:
(o desejo de) hibernação
um refúgio nas ombreiras do vento
o rapto do precipício
em novelos de bruma visível
convidam 
ao pesar dos alinhavos 
o forte com farol de atalaia
aos mastins que levam à boca
o pedaço da carne negligente. 
O lado errado
também é incógnito
uma manta sem idem
no rosto seráfico dos promitentes anjos
não fossem as asas cambas
em sua denúncia. 
Destinei ao improvável
a casta dos melhores (desejos)
a indumentária que me apessoa 
no contingente desenho
do leito em pródigo caudal.

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