O dinheiro
não se pinta
navega no pião
em juros anciãos.
A mortalha
assenta ao iconoclasta
meão beduíno
de rios sem caudal.
A centelha
ferve no rebordo
sem sal avivado
no sargaço da manhã.
O rebelde
descuida o corpo
contumaz no teatro
com títulos desmaiados.
O prato
explica os jardins
diante de pueris
eruditos sem trono.
O saneador
esconde o ostensivo
lagar da purga
lavado em nostalgia.
O livreiro
escondido da clandestinidade
dispensa as vírgulas
fora do sítio.
A poesia
fervilhante memória futura
corrige a boca incapaz
devolve o mar sem baias.
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