Na cortesia com cor de chumbo
corteja-se a franquia da alma
em reverberadas disputas interiores
hemisférios dados a pleitos intermináveis
e a fauna a agigantar-se
contra os muros intempestivos do tumulto.
Cortejam-se
os telhados virados ao sol
sem consagrar mistificações dos deuses
sem escutar pregões arrebatados
de lenhadores amestrados
sem o contágio
das plumas de pavões imorredoiros
a humildade metodicamente alinhavada.
A planície levanta-se
sobre as sombras da tarde.
Os dedos
é como se levitassem
nas teclas de um piano
e o chão espasmódico,
imprevidência à escuta,
não tergiversa sob o piano incolor.
Ao planalto
que afere o horizonte
as notas levam um murmúrio.
E eu
deste lado
à espera do eco.
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