O pequeno barco
inunda o rio
na presença do entardecer.
À proa
o comandante apessoado
arruma o dia
no fusível dos arquivos.
Sabe lá
os nomes dos passageiros
enredado na urdidura da navegação
serpenteando entre boias
que mapeiam os rochedos
submersos como armadilhas.
Nem o manifesto lê,
o comandante;
não quer saber
dos nomes
a não ser
da parafernália
que habita a casa das máquinas
dos cardeais cartografados
e dos que se hasteiam
na sua privativa bandeira de consumições.
O que importa
é o lugar seguro no cais
à espera do navio
e a palavra de conforto da consorte
quando a noite se acende.
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