1.12.20

Distopia

A próxima guerra

preso ao meu pé esquerdo

um sacrilégio

talvez

aposta cega 

no túmulo sem nome. 

 

Amanhecem as sombras tiranas

debruçam-se sobre o corpo

madraço

e em sua meação 

atordoam-no. 

 

A próxima guerra,

uma sem exércitos

nem artilharia,

não deixará a saliva intacta.

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