8.12.20

Socalcos

Hoje

converso no parapeito

onde se abriga

o mito sem rosto. 

Desalojo

a incubação da sementeira

os olhos rasos

já assombrados

num limbo sem verbo. 

Recebo

na morada da janela

o beijo sem fome

e junto as mãos

no parapeito da moldura,

à espera 

de um tempo desembaraçado. 

Sem comentários: