Hoje
converso no parapeito
onde se abriga
o mito sem rosto.
Desalojo
a incubação da sementeira
os olhos rasos
já assombrados
num limbo sem verbo.
Recebo
na morada da janela
o beijo sem fome
e junto as mãos
no parapeito da moldura,
à espera
de um tempo desembaraçado.
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