Atraso o relógio
trespassado pela ilusão
só para apanhar a Perseide fulgurante
que nem parou no apeadeiro.
Atraso o relógio
conjurado pelo fingimento
só para embarcar nos braços do vento
que já encomendou o adeus.
Atraso o relógio
embotado pela errância
só para engastar o filão do passado
que foi vertido numa elegia.
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