Em fogo larvar
o dó sem partida
imarcesce no goto das veias.
Não há resgate das almas
no chão lunar das profecias vãs
nem se chamam os nomes certos
aos meãos hesternos
escondidos em seus lúgubres lugares.
O mundo
é pequeno:
“deixem-me sair daqui”
diz-se à boca grande
como se ela abocanhasse o mundo
e ele, enfim,
medrasse por dentro do húmus interior.
O mundo
é pequeno:
e na vertigem do carrossel
já sem distinguir a música ligeira
as teimas tiradas no sargaço do futuro.
Vamos ao fundo das luzes
e trazemos a lava agarrada
o ingrediente singular
nas abóbadas do plural.
Sem comentários:
Enviar um comentário