Dar a cara
é um mito
uma extravagância
que não quadra com o sensível.
Se a cara
é o espelho visível do que somos
quem
no seu apurado juízo
a entrega gratuitamente?
Sem esquecer
que a dádiva da personalidade
é o suicídio dos direitos básicos
e será
decerto
prática banida pelos tratados internacionais.
Nem os mais generosos
os mais desprendidos
aqueles que não encontram motivos
para serem quem são
se encontram nas furnas onde,
dementes,
os cândidos dão a cara.
E mesmo que a dessem,
davam com que propósito?
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