Acordo no dorso da noite
contra o tumulto da tempestade.
Estreito os braços até à chuva
na condição de com ela dançar
já que a solidão é nome da noite
e não é em seu nome a coreografia.
Arrasto os pés desastrados
e no palco combinado
afago a chuva intempestiva.
Dançamos.
Dançamos na hora repleta
os corpos de chuva suada
perfumam a solidão que invadiu
a noite.
Como se fôssemos eruditos
e a palavra
se fundisse nos gestos sublimes
em cada passo desarticulado
com que ornamentamos a noite.
O resto
fica por nossa conta.
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