A boca muda
sílaba forte do silêncio
bandeira apessoada
no lugar de um gangue de palavras
ou apenas
o azimute do pensamento peregrino
instrumento da demorada demanda
pelo magma fundente.
A boca muda:
prescinde do silêncio estrutural
deitada sobre cadeiras de verbos
prolixa procuradora da fala
que muda a mudez centrípeta
agora orbital
num, talvez,
arroubo de despensamento
que caduca.
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