A fita adesiva conspira
na sudação das palavras havidas
entre um resgate soporífero
e o latir de um cão de fila.
Dizem que são mastins
nas eu povoo-os
no lagar da indiferença:
as suas vozes tonitruantes
só esgaçam
as suas gargantas aturdidas.
Mandam as convenções
– diz-se, à lapela sem flor
do passo que,
em passando,
o ardina reformado murmura
as rimas que se sublevam contra
o silêncio.
Ah!
a fita adesiva
contra-ardósia militante
no vulgar bocejo dos lugares-comuns
que ainda ninguém determinou serem
não-lugares.
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