Correria num estreito labirinto
na correria desenfreada de quase todos
e nos lampejos de loucura
desenharia a lucidez desamparada
contra os fulgurantes sábios de si mesmos.
E na desalinhada pele destatuada
diria os versos arrancados aos ossos
por dentro de um limite sem marcos geodésicos
ou balizas estertores.
Correria na correria de um só
no plúmbeo areal escondido das esquinas
afocinhadas no braço
e de resto
contra todas as probabilidades
daria conta das contas sem conta no fim.
Depois da correria
diria ao corpo cansado
para se exilar nas paredes húmidas da noite
onde o luar se engana com tolos
e os versos tropeçam em páginas preenchidas.
Até a correria ser parecida
com um moinho de vento
e às sereias alinhadas no cais
vozes de vultos fossem avoengas prescrições
contra os impropérios da distração.
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