Os dedos correm em simultâneo
sobre as cortinas que escondem
a fúria que amaldiçoa estes lugares.
São eles que servem o antídoto
passeando generosamente pela pele
onde a desarrumação das almas
se agiganta.
Mãos quiméricas
em vez de armas que se terçam
na inviolável condição dos estultos
que são os perspicazes mastins do caos.
Hoje
as notícias mandaram boas novas
aos que continuam a acreditar
que o otimismo vai derrotar o pessimismo:
as mãos
foram agraciadas com uma comenda
muito mais do que honorífica
uma espécie de Nobel
à paz que não faz de conta.
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