A margem incendeia a pele
por a tocha centrípeta
acenar da margem outra.
A lava ascende
por súplica do magma
a pele não capitula na demanda.
Por ser tanto o desejo
inventa-se uma ponte
e as margens coalescem numa só.
Não se extinguem as margens
no sulfuroso atear das mãos
que se desfazem da sede recíproca.
Entre as margens testemunhas
corre a caudalosa redenção
a poesia colocada entre os sexos intensos.
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