Da luz
a penumbra tatuada
a boca que toca na boca
dedilhando os lábios
evaporando o medo
nas paredes que encobrem a noite
dando os dedos ao cicerone
e os poros às escuras
tornam-se
candeia que toca o vulcão
que toca o amanhã anónimo
que toca a carne em fuga
até que dos verbos não soubermos a cor
e nos sobra
fogueira que sabe à lava que falamos.
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