Se nem por dentro dos sonhos
somos miragem
se nem na coutada da noite
bebemos da árvore centrípeta
se nem no luar ornamentado
subimos os degraus da maresia
se nem no coaxar das rãs
participamos na insónia;
se é no ousado dissidir
que somos
nomes inteiros
matéria vulcânica ateada
braços de cepa audaz
noite sem vultos a adejar
os ramos frondosos de uma praia
enseada a aprender a falar o futuro
– combine-se a procuração contra os agiotas
que não é de medo que se assanham as bocas
nem de uma alma venal aos olhos de suseranos
que falam as estrofes de titânio.
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