Dita o fogo ateado na carne
o modo de sobrevivência
(e não se fale em sobrevivência por acaso,
se é um estado acima da vida).
Ontem
dizia-se que dantes
é que era bom
e-não-sei-que-demais-lamúrias
mas isso era
porque nada era o que se sabia
sobre o futuro.
O fogo que se promete
é em piras futuras
e aquele há demandado
agonia no caudal das memórias
a funda espada
que dilacera o que sobra
do frescor que se esvai.
E não se prometam elixires
que disfarçam a madurez
ou a farsa da decadência emulsionada
a menos
que as ilusões
sejam o império por diante.
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