12.6.23

Visto

De um nome não se diga 

indiferença. 

De um nome

sejam rasurados os poros 

em manhãs ausentes,

a diligência dos arrependidos. 

De um nome

fugido à escravatura 

urdindo os verbos crepusculares

enquanto se amacia o verbo do porvir. 

Dos nomes se digam

bem alto

as clepsidras luminosas

o verbo oponente num horizonte sem freios

os nomes

inteiros ou pela fração que calhar

em sucessivas marés sem algemas

os nomes que chamam por nomes

antes que sobre eles caia

o silêncio. 

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