O nefelibata apeado
antes de trair a fronteira
juntou as mãos às travessuras dinásticas
como se não esperasse absolvição
e aos lençóis freáticos
roubasse as lágrimas que não tinha.
Não se importava de ser pária
não se incomodassem com os andrajos
a colossal farsa que encenava
acenando às lívidas mães pela ausência dos filhos.
Ele sabia dos gatos avulsos
sabia
que eram sentinelas à espera da noite
e que ninguém os acusava
de serem reféns do medo
Eles é que sabiam
montados no rosnar altivo
príncipes autoritários que esventram as presas.
Na véspera da manhã
diletante
assobia ao silêncio
no apartado longínquo da solidão
fugindo da sua cólera
antes do testamento dos anciãos ser lei
antes que seja cedo para ser tarde.
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